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Você sabe o que é visual law? A prática inova na imagem e prova eficiência para as ações judiciais

Um dos requisitos básicos da boa comunicação entre dois lados é o entendimento. Para chegar a ele, é necessário clareza na comunicação, que pode ser auxiliada por recursos visuais e gráficos. Não demorou para que este conceito invadisse também a área do Direito e criassem áreas específicas no chamado Legal Design, que aplica elementos de design aos processos jurídicos a fim de aprimorar a experiência de quem está lendo um documento. Tem mais e mais pessoas trabalhando para expandi-las e estudá-las.
A “Visual Law” se tornou uma estratégia cada dia mais popular no meio jurídico e tem o objetivo, em síntese, de transformar a informação jurídica em algo mais acessível, a compreensão das partes atuantes no processo, por meio do uso de recursos como: imagens, diagramas, fotografia, conteúdos audiovisuais, tipografias, fluxogramas, infográficos, tabelas e o que mais a imaginação permitir.
No entanto, é importante esclarecer que essa simplificação não significa eliminar a essência do conteúdo, mas apenas repaginar o conteúdo com o uso de elementos.
O uso dessas técnicas está crescendo muito e sendo cada vez mais aceito pelo judiciário em petições e outras peças processuais. Aliás, até mesmo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Resolução nº 347/2020 cita o Visual Law como essencial para tornar os documentos jurídicos mais claros, usuais e acessíveis.
Parágrafo único. “Sempre que possível, dever-se-á utilizar recursos de visual law que tornem a linguagem de todos os documentos, dados estatísticos em ambiente digital, análise de dados e dos fluxos de trabalho mais claros, usuais e acessíveis”.
A estagiária de pós-graduação em Direito, Bárbara Lima, que atua em suporte à Defensoria da Família, também decidiu quebrar a rotina na realização de suas demandas e afirma que, em novos tempos, é indispensável buscar ferramentas diferenciadas.
“Costumo dizer que se a boa propaganda vende, a boa petição convence. Após o curso sobre o tema, promovido pela Escola Superior, tive certeza que é possível ir além dos textos na área do Direito. Ficamos horas mexendo no celular, lendo sites bem organizados, com layouts e cores que despertam nossa atenção, imagens que às vezes convencem muito mais que palavras. Então, porque não usarmos no peticionamento dos processos?”, destacou.
Logo, Bárbara já resolveu colocar a mão na massa e aplicar o método em uma ação que busca provar a alienação parental e majoração da verba alimentícia. “Realmente senti que traz uma percepção mais aprofundada sobre o caso. Consegui detalhar, criar uma lógica entre os acontecimentos de forma bem objetiva. Acredito que a utilização dos recursos visuais tornam a leitura mais leve, mais didática e principalmente convincente e faz toda diferença. A torcida agora é que venham resultados satisfatórios nas decisões”, ressalta a residente.
FONTE: Defensoria Pública do Estado de Ceará
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